segunda-feira, 17 de novembro de 2008

PESCARIA NO XINGU- Cap I



PESCARIA NO XINGU

Capítulo I

Nos dois últimos dias do mês de agosto e nos quatro primeiros de setembro do ano em curso, pescamos no Rio Xingu.
Compunham o grupo dois pescadores de Natal (Eu e Rogério Vilar) e um apreciador da natureza (Tarcísio Pereira). Do Rio de Janeiro foram os amigos de outras pescarias no Pantanal (Celso, Jorge, Marcelo Daher e Bill). De São Paulo outros amigos também de outras pescarias (Marcelo, Duda e Léo)
A viagem de avião foi efetuada em duas etapas. Natal/Belém e Belém/Altamira. No primeiro trecho viajamos Gol (Boeing 737-800) e no segundo trecho viajamos num Turbo-hélice da TRIP (ATR72).



Em Belém fomos ao tradicional Mercado do “Ver o Peso”. A arquitetura do Mercado e dos imóveis localizados no entorno possuem características únicas, mostrando que a Cidade de Belém foi um grande entreposto de pesca do século passado. O desagradável é o intenso fedor que exala do canal marítimo onde aportam os barcos de pesca, local onde são jogadas as “barrigadas” dos peixes.
Merece ser visitado o Porto de Belém. A Prefeitura transformou dois enormes galpões, onde eram armazenados cereais, em uma espécie de praça de alimentação. Ali estão instalados bons restaurantes e uma cervejaria. Um dos guindastes que servia para movimentar as sacas de um local a outro dos armazéns, foi adaptado para palco, onde os instrumentistas e cantores se apresentam, percorrendo todo o espaço dos armazéns.
A comida é excelente e merece destaque o filé de “filhote”, que é o peixe “piraíba” de pequeno porte (os peixes dessa espécie podem atingir peso superior a 200 quilos). Comi esse peixe grelhado e ensopado e não sei dizer qual o melhor.
Também no local pode ser degustado um “tacacá” de primeira qualidade. O “jambu”, folhagem que compõe o caldo (além do “tucupi”, do polvilho de mandioca, conhecido em nossa região como “goma”, e do camarão seco), deixa uma sensação de dormência na língua do freguês.
Chegamos em Altamira no dia 29/08/08 por volta de 21:00 horas e seguimos de micro-ônibus para a Pousada do Rio Xingu que dista, aproximadamente, 80 Km da Cidade de Altamira/PA (20 Km de asfalto, 45 Km de Transamazônica e 15 Km de estrada vicinal). Os dois últimos trechos na terra. A viagem foi um pouco cansativa, pois havia chovido e a estrada, além de muitos buracos e costelas de vacas, estava muito escorregadia, dificultando as subidas, especialmente no trecho de 15 Km dentro de Fazendas que foi mais demorado do que o trecho de terra da Transamazônica. Além de tudo estávamos viajando numa noite extremamente escura.
No dia seguinte fomos gratificados com uma belíssima vista do estuário do Rio Xingu (afluente da margem direita do Rio Amazonas – 1.870 Km de extensão). O majestoso Rio de águas límpidas, corre entre pedras vulcânicas.

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